O Brasil enfrenta uma das secas mais intensas de sua história, atingindo com força o Estado de São Paulo. Cerca de 60% dos municípios paulistas estão em situação de seca severa ou extrema, segundo dados recentes do CEMADEN. Esse cenário compromete diretamente a economia local, especialmente no setor agrícola, e também gera preocupações com a saúde pública.
A falta de chuva, combinada com altas temperaturas, tem causado sérios problemas no abastecimento de água. A baixa nos reservatórios forçou a ANEEL a adotar a bandeira vermelha nas contas de luz. Esse aumento reflete o custo elevado da energia produzida por termelétricas, que substituem as hidrelétricas em tempos de escassez hídrica.
Além dos impactos econômicos, a saúde da população também sofre com as consequências dessa seca extrema. As ondas de calor, agravadas pela falta de umidade, aumentam o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares. Incêndios florestais, provocados pela seca e calor intensos, também representam uma ameaça significativa para o bem-estar das pessoas.
A crise hídrica em São Paulo e em outras regiões do país exige atenção imediata. É fundamental buscar soluções que mitiguem os efeitos da seca e protejam tanto a economia quanto a saúde da população. A gestão eficiente dos recursos hídricos e a promoção de práticas sustentáveis são passos essenciais para enfrentar esse desafio.
A situação atual reforça a importância de ações coordenadas entre governo, setor privado e sociedade civil. Apenas com esforços conjuntos será possível reduzir os impactos da seca e garantir um futuro mais resiliente para todos.
Cledir Mendes Soares - Cientista Econômico Msc em Recursos Hídricos e Especialista em Desenvolvimento Local e ODS. Conselheiro Suplente no Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, representando a Sociedade Civil pelo Movimento Sócio-Ambiental Caminho das Águas
Imagem: CEMADEN
