Aprovada a política de formação docente para a educação básica

Referência nacional em formação de professores, com cerca de um terço das opções de entrada na Universidade ligadas às licenciaturas, a Unesp aprovou neste semestre no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária a Política Institucional de Formação de Professores para a Educação Básica. A Resolução 59/2024, que institui a política, propõe-se a responder três questões fundamentais: qual profissional a Universidade pretende formar para a educação básica, quais devem ser as características de um curso de licenciatura para formá-lo e como promover essa formação.
 
O documento, que foi estruturado pela Comissão Permanente dos Cursos de Licenciatura da Unesp com contribuições da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), estabelece diretrizes para nortear a formação de professores na Universidade, reafirmando o compromisso com a qualidade da educação e com as demandas da educação básica. A iniciativa atende à Portaria Capes nº 158/2017, que orientou as instituições de ensino superior (IES) a formularem uma política institucional de formação de professores.
 
A nova política tem como premissa que uma instituição representa permanência e transcendência, ou seja, a capacidade de se manter ao longo do tempo e superar as particularidades de cada época. Com 65 cursos de licenciatura oferecidos pela Unesp em 15 municípios, a construção de uma política institucional vai ajudar a dar um norte comum à formação docente praticada nas diferentes unidades universitárias unespianas. A resolução estabelece que a Unesp busca formar profissionais com sólida base teórico-prática que possam trabalhar com autonomia, compromisso social, político e ético. Tais profissionais também devem ser sensíveis aos desafios contemporâneos, como direitos humanos, educação ambiental, diversidade, equidade e inclusão.
 
De acordo com o professor Amadeu Moura Bego, assessor da Pró-Reitoria de Graduação que acompanha mais de perto as discussões em torno dos cursos de licenciatura na Universidade, a política institucional recém-aprovada é um avanço. "Esse documento permitirá que os profissionais formados atuem de maneira mais qualificada e bem fundamentada nas escolas. Ao consolidar princípios, diretrizes e objetivos, ele avança na reorganização dos cursos de licenciatura e dos programas e ações da Prograd e da Reitoria. A médio prazo, essa reestruturação permitirá que os egressos dos nossos cursos de licenciatura façam a diferença na qualidade da educação básica", diz o docente.
 
O texto da resolução também estabelece que os cursos de licenciatura devem promover estruturas curriculares e práticas formativas que integrem conhecimentos científicos e pedagógicos e de ensino, pesquisa e extensão universitária. Um dos pontos lembrados é a curricularização da extensão universitária, processo iniciado em 2023 nos cursos de graduação da Unesp. “Essa integração envolve tanto a formação inicial, voltada para os alunos dos cursos de licenciatura, quanto a formação continuada. Considerar a formação de professores a partir dessas conexões significa pensar em um processo de formação baseado na expansão do conhecimento, utilizando os saberes mais avançados, fruto da pesquisa educacional em diversas áreas”, diz o assessor da Pró-Reitoria de Graduação.
 
Segundo Amadeu Moura Bego, a Universidade tem priorizado a extensão universitária como um ponto de conexão essencial entre o ensino e a pesquisa. A partir dos conhecimentos de ponta gerados pela pesquisa educacional, a Unesp busca impactar diretamente as escolas públicas, colaborando para a melhoria da qualidade da educação básica e, simultaneamente, fortalecendo a formação docente. A nova política está assim alinhada ao edital Prograd nº 07/2023, que destinou até R$ 250 mil para o curso de graduação da Unesp com o objetivo de implementar a curricularização da extensão aprovada nos projetos políticos pedagógicos.
 
Fonte: Assessoria de Imprensa