Por Juliana Dorigo
Na era digital, em que as redes sociais dominam o cenário da comunicação, as empresas buscam incessantemente formas de se destacar e capturar a atenção do seu público-alvo. Uma tática que tem ganhado força é o uso de pessoas influenciadoras para promover marcas e produtos. No entanto, uma abordagem que tem se destacado recentemente é o envolvimento dos próprios colaboradores como influenciadores da marca.
De acordo com um estudo recente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 28% das empresas têm planos para implementar programas de influenciadores internos como parte de suas estratégias de comunicação. Esses programas, que seguem rigorosos padrões de seleção interna, têm como objetivo ampliar o alcance das mensagens corporativas, fortalecer o engajamento interno e promover um maior senso de pertencimento e compromisso com a organização.
As pessoas que são candidatas a serem influenciadoras internas passam por triagens e entrevistas detalhadas, onde são avaliados aspectos como alinhamento cultural, engajamento com a empresa, habilidades de comunicação e trabalho em equipe. Uma vez selecionados, recebem treinamento especializado, que abrange desde ética e gestão de crises até estratégias de comunicação e responsabilidade social corporativa.
A ênfase na diversidade e inclusão reflete o compromisso das empresas com a equidade e o respeito pela diversidade, garantindo que as pessoas influenciadoras internas representem a empresa de maneira autêntica e alinhada aos seus valores organizacionais. Diretrizes claras são estabelecidas para garantir a consistência e a integridade das mensagens transmitidas, enquanto programas de incentivo e reconhecimento valorizam e estimulam a participação ativa.
À medida que o mundo dos negócios enfrenta transformações rápidas e disruptivas, as pessoas influenciadoras internas se destacam como agentes de mudança essenciais. Elas têm a capacidade única de mobilizar as equipes em direção a objetivos comuns, garantindo uma transição suave durante períodos que exigem resiliência. Sua liderança informal é frequentemente mais eficaz do que as estratégias tradicionais de gerenciamento de mudanças, pois é baseada em confiança e respeito mútuos.
Quando as pessoas influenciadoras internas são autênticas e promovem uma cultura positiva, elas fortalecem o employer brand, tornando a empresa mais atraente para profissionais em potencial. Isso também pode contribuir para o engajamento dos funcionários, já que se sentem valorizados e conectados com a visão da empresa.
De acordo com a pesquisa Disrupting the Function of IC, 60% dos colaboradores dão mais crédito quando falam com pessoas que estão no mesmo nível hierárquico que elas.
Influenciar também tem seus desafios
Apesar dos inúmeros benefícios que os programas de pessoas influenciadoras internas trazem, eles enfrentam desafios significativos, como garantir o alinhamento dos influenciadores com a cultura e valores da empresa, gerenciar riscos e crises, e manter o engajamento a longo prazo.
Para superar esses desafios, as empresas adotam uma abordagem cuidadosa, com foco na comunicação transparente, treinamento contínuo e políticas definidas para os influenciadores da marca.
O programa precisa ter uma abordagem inovadora e eficaz para fortalecer a presença online das empresas e construir relacionamentos sólidos com seu público.
Ao capacitar essas pessoas para representarem autenticamente a marca, as empresas promovem uma cultura de engajamento, transparência e inclusão. Com uma estratégia de longo prazo focada no desenvolvimento contínuo, as empresas estão preparadas para enfrentar os desafios do mundo digital e consolidar sua posição como líderes de mercado.
Juliana Dorigo é CHRO da Paschoalotto