14/03/2024 às 11h49min - Atualizada em 14/03/2024 às 11h49min

Cerca de 15% da população mundial vive com algum tipo de doença renal

No Dia Mundial do Rim, nefrologista fala sobre fatores de risco, prevenção e tratamento de patologias associadas


Na segunda quinta-feira de março, é celebrado o Dia Mundial do Rim. De acordo com o United States Renal Data System (USRDS), no mundo, estima-se que 15% da população tenha algum grau de doença renal, desde o estágio inicial até o nível cinco, o mais grave, quando é recomendado o transplante. Entender os cuidados para a saúde dos rins é essencial para o bom funcionamento corporal e para evitar complicações da doença, que podem levar à morte.

O rim é o responsável por filtrar o sangue, eliminar resíduos tóxicos, além de fazer o controle da pressão e do metabolismo. De acordo com o nefrologista Wilson Mendes, a doença renal é silenciosa e raramente apresenta sintomas. Por isso a importância do diagnóstico precoce é inquestionável. Um simples exame de sangue, para verificar a creatinina, e de urina são suficientes.

“Fraqueza, palidez, falta de ar, às vezes noturna, e inchaço nos pés são sinais de alerta e podem indicar um agravamento da doença renal. Em geral, os sintomas aparecem quando o paciente já está em um estágio mais avançado”, explica.

Hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca estão entre as principais causas de doenças renais crônicas no mundo. Fazer o acompanhamento médico dessas comorbidades é primordial para evitar o comprometimento da função do órgão.

“Quem passa por hemodiálise ou está transplantado tem um risco dez vezes maior de mortalidade do que a população em geral por doenças do sistema cardiovascular, como infarto e AVC”, alerta o nefrologista.

Segundo o especialista, o transplante é a melhor solução para um paciente grau cinco por garantir melhor qualidade de vida. Ele, no entanto, ressalta que o tratamento deve continuar.

“A prevenção, um dos pilares estratégicos do nosso modelo de negócio, é sempre o melhor remédio, por isso a importância da prática de atividades físicas, do controle de peso, de uma dieta saudável, além do monitoramento da pressão arterial e do diabetes”, conclui.


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