11/07/2024 às 17h22min - Atualizada em 11/07/2024 às 17h22min

Monitoramento e diagnóstico precoce evitam desenvolvimento de problemas de visão

Envelhecimento, diabetes, traumatismos e até o uso incorreto de medicamentos são fatores de risco para doenças oculares


Celebrado em 10 de julho, o Dia Mundial da Saúde Ocular alerta para a prevenção e diagnóstico precoce das doenças oculares. Os problemas oculares podem ocorrer em todos os tipos de pessoas, sobretudo, em idosos, que devido ao processo de envelhecimento passam por alterações na visão, advindas de fatores naturais ou não. Catarata, glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade são algumas das doenças que mais acometem a saúde ocular da população idosa.

Somente no estado, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), foram realizados 3.964 procedimentos clínicos ambulatoriais por glaucoma em 2023 e 1.289 de janeiro a abril deste ano. Causada por uma pressão intraocular elevada, a doença pode levar a perda gradual da visão e se não tratada, pode causar cegueira.

O tratamento para o glaucoma é feito inicialmente com colírios, entretanto, a doença não tem cura, por isso a importância do monitoramento para ter o diagnóstico precoce e evitar a perda total da visão. “São sinais de atenção a pressão intraocular acima de média e a alteração nos nervos ópticos, detectáveis no exame de fundo de olho. Além disso, o histórico familiar também deve ser analisado, pois em alguns casos a doença é hereditária”, explica Rodrigo Toledo Mota, oftalmologista e gerente médico do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Mauá.

A catarata, também comum na população acima dos 60 anos, é causada por fatores como envelhecimento do cristalino, traumatismos ou complicações por alguma doença, resultando nas vistas embaçadas ou turvas. “Alguns casos também podem ser influenciados pela diabetes ou uso de colírios com corticóide sem indicação médica”, afirma o especialista.

Na retinopatia diabética, o alto nível de açúcar no sangue altera o funcionamento dos vasos sanguíneos, danificando o fluxo de sangue para os órgãos do corpo. Já na degeneração macular, a idade é o fator de desenvolvimento da perda de visão parcial ou total em idosos.

Em todos os casos, existem medidas que podem evitar o desenvolvimento ou o agravamento dos problemas oculares como:

Consultar regularmente o oftalmologista
Realizar exames oftalmológicos de rotina ajuda a detectar precocemente problemas de visão. No caso de qualquer trauma ou alteração nas vistas, é recomendável marcar uma consulta. Para idosos, o ideal é passar por uma avaliação anualmente, ainda que não tenha sintomas.

Tenha uma alimentação balanceada
Os hábitos alimentares influenciam o funcionamento de todos os órgãos, principalmente os olhos, por isso, manter uma alimentação rica e variada em vegetais, proteínas e fibras é benéfico para todo o corpo.

Controlar doenças crônicas
Quadros de diabetes, hipertensão e demais comorbidades devem ser controladas para evitar complicações de saúde como as oculares, associadas a essas doenças.

Descansar a visão
Reduzir o cansaço visual causado por exposição a dispositivos eletrônicos ou luzes é fundamental para a saúde ocular. Além disso, é necessário fazer o uso correto dos óculos de grau e lentes de contato, quando indicadas, para evitar danos progressivos à visão.

Acesso à rede especializada
A SES destaca que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são a porta de entrada para iniciar o tratamento oftalmológico no Sistema Único de Saúde (SUS).

Após a primeira consulta na atenção básica, o paciente será encaminhado para os serviços especializados em oftalmologia do Estado ou do próprio município, dependendo do grau de complexidade de seu quadro clínico.

Nos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME), o paciente passa pelo tratamento e após esse período, caso tenha o diagnóstico que constate a irreversibilidade do quadro com baixa visão ou cegueira, o indivíduo pode ser encaminhado para a Rede Lucy Montoro Diadema, que oferece diversos atendimentos especializados em reabilitação física/motora e visual, destinados a proporcionar um cuidado integral e de qualidade aos pacientes.

Aqueles que são mais frequentemente acessados pelos pacientes da Reabilitação Visual incluem terapia ocupacional, nutrição, assistência social, orientação e mobilidade, e ortóptica.


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