20/10/2024 às 17h41min - Atualizada em 20/10/2024 às 17h41min

“Minha mãe, minha irmã, minha amiga e eu enfrentamos o câncer de mama”

Durante o mês de outubro, São Paulo promove a campanha de prevenção e combate ao câncer de mama

Silvia Maria dos Santos e sua filha - Imagem: Divulgação
Vera Lúcia Hiakuna Cordeiro, oficial administrativa do Hospital Leonor Mendes de Barros, na capital paulista, descobriu o câncer na mama esquerda, em março de 2018, por meio de um exame de toque. Logo em seguida, procurou um médico e confirmou o diagnóstico por meio de uma mamografia. Ela acompanhou de perto a luta da mãe e da irmã mais velha contra a doença e, anos depois, se viu na mesma situação.
 
“Minha mãe nem começou o tratamento, faleceu antes de saber do câncer. Já a minha irmã fez tratamento há uns 15 anos, a vi "curada” e segui o exemplo dela”, conta.
 
O coordenador da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Edmund Baracat, ressalta a relevância do descobrimento precoce da doença que mais acomete as mulheres. “Quanto mais cedo o tumor for diagnosticado, maiores são as chances de cura, por isso, é imprescindível o rastreamento do câncer de mama”, explica.
 
Depois da descoberta, Vera recebeu a ajuda de colegas e começou o seu tratamento. As conversas com os profissionais e colegas de trabalho foram de extrema importância. “Um deles disse: ‘Você é forte e guerreira. Sempre estaremos com você’. Isso me deu muita confiança e tranquilidade para continuar a lutar”.


 
Durante todo o processo, ela dividiu a batalha com a colega de trabalho, Silvia Maria dos Santos, chefe de setor do mesmo hospital, sem imaginar que estaria fazendo a mesma coisa pela amiga anos depois.
 
Em 2022, Silvia descobriu a doença devido a um sangramento no mamilo. Vera foi quem deu todo o suporte e a orientou a se consultar com um mastologista, que solicitou exames de ultrassom e biópsia, onde foi diagnosticado o câncer. Vera esteve ao lado da amiga e acompanhou de perto o tratamento. “Tudo que os médicos passaram para mim eu repassei para ela. Cheguei a ser acompanhante dela algumas vezes”, conta.
 
Silvia ainda contou com a presença da amiga no dia da cirurgia para a retirada do quadrante. “Vera foi muito importante também durante o processo pelo qual eu passei, mesmo porque ela já havia passado também, informando ao médico o meu caso e ajudando também no meu psicológico, me dando forças e sempre com uma palavra positiva”, relembra.
 
“Enxergo a campanha do Outubro Rosa como uma excelente iniciativa, para a prevenção, conhecimento, acolhimento, uma forma de conscientização, alcançando as mulheres a procurar ajuda aos primeiros sinais de sintomas”, declara Silvia.


 
Vera Lúcia e Silva seguem em tratamento contra o câncer de mama enquanto aguardam pelos anos de remissão e a cura da doença.
 
Outubro Rosa
O câncer de mama pode ter origem por alterações genéticas, adquiridas ou hereditárias. É preciso ficar atento aos sinais de vermelhidão, inchaço, ferida ou descama. Em tratamentos precoces, a chance de o paciente ficar curado é entre 80 e 90%, independentemente do tipo de câncer.
 
O Outubro Rosa é um movimento de mobilização social para reforçar a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama. A campanha busca a conscientização sobre a doença e a importância dos exames e do cuidado com a saúde da mulher. No Estado de São Paulo já foram realizadas mais de 760 mil mamografias em 2024 e, somente nas Carretas das Mamografias, projeto do Mulheres de Peito da Secretaria de Estado da Saúde (SES), foram mais de 25 mil exames.
 
Para esclarecer as principais dúvidas das mulheres que ainda têm resistência em realizar o exame, o Governo de São Paulo e a SES lançaram uma página oficial e uma cartilha. O conteúdo aborda, também, os direitos das mulheres que estão em tratamento contra o câncer de mama e pode ser conferido no endereço https://www.outubrorosa.sp.gov.br .
 
“O estado de São Paulo oferece diferentes ações para o autocuidado das mulheres. A campanha do Outubro Rosa é uma das ferramentas de instrução sobre o câncer de mama para que aconteça o diagnóstico e tratamento precoce da doença", afirma Baracat.
 
Conte com as Mulheres de Peito!
As mulheres paulistas com idades entre 50 e 69 anos que nunca realizaram mamografia ou fizeram há mais de 2 anos podem marcar seus exames sem a necessidade de pedido médico, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde. Neste caso, basta apresentar um documento com foto e o cartão SUS.
 
Para realizar o agendamento da mamografia, basta ligar para o número 0800 779 0000, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados. A consulta é marcada via Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (Cross).
 
O Programa Mulheres de Peito também conta com três carretas de mamografia que percorrem os municípios do Estado para incentivar a realização do exame e a prevenção, sem necessidade de agendamento – basta comparecer ao endereço onde está estacionada.
 
Para as mulheres com idade entre 50 e 69 anos, é necessário apresentar RG e cartão SUS. Esses documentos e um pedido médico precisam ser apresentados apenas por quem tem mais de 70 anos ou está na faixa entre 35 e 49 anos.
 
Fonte: Assessoria de Imprensa

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