Em 1º de julho é celebrado o Dia da Vacina BCG, principal forma de proteção contra quadros graves da tuberculose. Desde 1976, conforme o Ministério da Saúde (MS), é obrigatória a administração do imunizante às crianças, desde o nascimento até menores de 15 anos.
Devido a situação epidemiológica da tuberculose no Brasil, a recomendação é que a vacina seja administrada ainda na maternidade. O imunizante é aplicado rigorosamente pela via intradérmica no braço direito, em dose única, e também é disponibilizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para pessoas que convivem com portadores de hanseníase.
No município de São Paulo, desde 6 de novembro de 2020, foi instituída a obrigatoriedade da vacinação com a vacina BCG de todos os nascidos vivos, com peso a partir de 2 kg, antes da alta hospitalar, nas maternidades, centros e casas de parto e outras instituições que realizam parto na sua rotina de trabalho, na rede pública ou privada.
A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), Tatiana Lang, explica que o organismo de um recém-nascido não possui as defesas necessárias para combater vírus e bactérias, como a bactéria da tuberculose, por isso a vacinação é fundamental para criar anticorpos. “A imunização diminui riscos de meningite tuberculosa, por exemplo, e possibilita um crescimento saudável. A tuberculose ainda é um problema de saúde pública e as crianças sem proteção podem ser infectadas”, alerta a especialista.
No estado, a cobertura vacinal de BCG deste ano, até o mês de abril, alcançou 68,8%, de acordo com os dados do CVE. Em todo o ano de 2023, a cobertura foi de 68,8%.
Sintomas e transmissão
A tuberculose é uma doença grave que pode afetar não apenas os pulmões, mas também os ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Tosse por 3 semanas ou mais, falta de ar, dores no peito, fraqueza, febre e perda de peso são alguns dos sintomas da doença.
Indivíduos com o sistema imunológico frágil, como no caso de bebês, têm mais chances de serem acometidos pela tuberculose, sobretudo, em quadro grave e generalizado da doença.
A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de gotículas de saliva ao tossir, falar ou espirrar de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento.